TOQUE DE ARTE / GRACIELA ITURBIDE / FONDATION CARTIER / PARIS
Há mais de 50 anos, Graciela Iturbide cria imagens que oscilam entre uma abordagem documental e um olhar poético.
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Nascida em 1942 na Cidade do México, ela começa estudos de cinema aos 27, após sete anos de casamento e três filhos. Foi então que Manuel Álvarez Bravo (1902-2002), seu professor, a encorajou, durante o luto de sua filha de 6 anos, a mudar para a fotografia, passando assim para uma forma do trabalho mais solitária, e adaptada à sua abordagem íntima dos assuntos. Ela rapidamente se torna uma das principais representantes do boom fotográfico mexicano dos anos 1970 e 1980, desenvolvendo sua própria abordagem humanista. Seus clichés, em preto e branco, retratam seu fascínio pelo ecletismo da cultura, experiências religiosas e políticas da vida cotidiana no México.
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Se hoje é famosa por seus retratos dos índios Seri do deserto de Sonora ou das mulheres de Juchitán, bem como por seus ensaios fotográficos sobre as comunidades e tradições ancestrais do México, Graciela também sempre prestou atenção às paisagens e objetos a través das suas viagens na Alemanha, Espanha, Equador, Japão, Estados Unidos, Índia, Madagascar, Argentina, Peru e Panamá.
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Seu trabalho já foi exibido no mundo inteiro e faz parte de diversas coleções de prestigiosos museus internacionais, como o Museu de Arte Moderna de São Francisco, o Museu J. Paul Getty, o Centre Georges Pompidou, e a Fundação Cartier, onde abriu esse mês a exposição Heliotropo 37.
Além das fotografias que tornou a artista famosa, a exposição revela seu recente trabalho fotográfico.