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TOQUE DE ARTE / BIENAL DE VENEZA

A 59ª Bienal de Arte Contemporânea de Veneza 2022, que abriu esse mês, pode ser considerada como uma edição histórica, tão pela curadoria da Cecilia Alemani, que conta com 80% de mulheres artistas, como pela sua premiação, que concedeu as mais altas recompensas para várias artistas mulheres.

 

O tema “Il Latte dei Sogni”, o leite dos sonhos, é uma referência ao livro infantil da artista surrealista Leonora Carrington. A curadora explica: “ela descreve um mundo mágico em que a vida é constantemente reinventada pelo prisma da imaginação e no qual é possível mudar, transformar, tornar-se diferente de si mesmo”.

 

Pela primeira vez, em seus 127 anos de história, a Bienal de Veneza concedeu seus principais prêmios a duas mulheres negras: Sonia Boyce (Grã Bretanha) e Simone Leigh (Estados Unidos). Ambas também foram, individualmente, as primeiras mulheres negras a representarem suas nações.

 

Sonia Boyce apresentou a exposição Feeling Her Way, no Pavilhão da Grã-Bretanha e foi premiada com o Leão de Ouro de Melhor Participação Nacional. Por meio de vídeos, esculturas e exibições de arquivos, a artista apresentou o trabalho de cinco cantoras negras de diversas gerações e estilos (Jacqui Dankworth, Poppy Ajudha, Sofia Jernberg, Tanita Tikaram e a compositora Errollyn Wallen).

 

Simone Leigh apresentou a obra Brick House (2019), uma escultura de 16 pés de altura, posicionada na entrada do Arsenale, e foi premiada com o Leão de Ouro como a Melhor Artista.

 

Para completar essas premiações femininas, a Mostra concedeu dois Leões de Ouro pelo conjunto de vida para a artista chilena Cecilia Vicuña e a alemã Katharina Fritsch.

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